O que o bebê e a criança pequena devem comer é tema do cotidiano. A alimentação faz parte do cuidado em saúde. Com essa compreensão estão sendo elaborados novos protocolos para alimentação das crianças até dois anos, para difundir recomendações atuais. O Grupo de Trabalho (GT) Alimentação Complementar é constituído por profissionais do Instituto de Nutrição Annes Dias em parceria com professoras das universidades públicas: UERJ, UFF, UNIRIO, UFRJ. Esses profissionais se reúnem periodicamente para debater o conteúdo técnico. Nesse período foram realizadas no Rio duas oficinas com a Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde. No dia 29 de fevereiro o grupo se reuniu para revisão final do material elaborado. Após as modificações sugeridas ele será testado em duas unidades e posteriormente distribuído na rede de saúde.
Alimentar uma criança parece simples, mas na prática as famílias têm muitas dúvidas. Mães, pais, madrinhas, avós, comadres opinam e trazem novidades. Todos querem o melhor! O ato de comer, de alimentar os seus, é tão histórico quanto a vida na terra. Ultrapassa escolhas individuais e se remete à cultura, aos gostos, à disponibilidade de alimentos. Na atualidade o alimentar se articula também a conhecimentos científicos, e assim a alimentação saudável para crianças em crescimento é estudada, pesquisada. O que a criança precisa? Quando introduzir novos alimentos e quais? Qual é a alimentação da família? Que valores são introduzidos pela propaganda, mesmo que não direcionada a crianças pequenas? Essas são as perguntas norteadoras.
O material produzido para profissionais e famílias reafirma o leite materno até dois anos e exclusivo nos primeiros seis meses, mas também faz recomendações para bebês que não dispõem deste alimento. Descreve a introdução gradativa de novos alimentos e escolhas saudáveis, com referência na ciência e na cultura!